Terça, 16 Abril 2024

"Trabalhamos com o objetivo de tornar nossos
produtos obsoletos, antes que outros o façam."
(Bill Gates)

Foto: www.portofantwerp.com
O Plano Europa – 2050 baliza seu Plano Diretor – 2020, concebido a partir da compreensão, contemporânea (uma tendência dos portos-líderes!), de que um porto “é mais que um hub de trânsito”, de que “a competição com outros portos é, essencialmente, uma competição logística”, vez que “o que o cliente deseja é uma solução logística”. Daí decorre ser o Porto de Antuérpia tratado como elo entre seu “foreland” e “hinterland”, e o Plano abranger, além da infraestrutura, instalações e sistemas, os serviços e os negócios.

Em desenvolvimento desde o Século XII (há quase um milênio!), ele agora se prepara para novo ciclo: prevê investimentos de € 1,6 bilhão (R$ 3,7 bilhões) para se manter como porto de primeira linha, seguir expandindo (2010: 185 milhões toneladas; 2011-1º semestre: +10,4%) mas, mormente, orientado logística e ambientalmente, para aprofundar a reestruturação da sua Matriz de Transportes, na linha dos demais portos e do plano europeu: a navegação interior (hidrovia), que já experimentou expressivo aumento de 57% na última década (124% nos contêineres!), hoje com 1/3 dos fluxos (2010: 86 milhões t e 2,5 milhões de TEU), visa atingir 42% para empatar com a participação rodoviária que, no período, deve ser reduzida de 56 para 43%. Completando, a ferroviária deverá também crescer, de 11 para 15%.

O Plano segmenta, geográfica e funcionalmente, seu “hinterland” em quatro zonas: o Porto, propriamente dito, um anel de 50 km e outro de 250 km de raio (um focado na consolidação de cargas e outro na integração intermodal), e os corredores de longa distância, a partir de uma constelação de terminais intermodais e plataformas logísticas.

Os corredores ferroviários já atingem 70 destinos, em 19 países, atendidos por 200 serviços semanais (incluindo Rússia e o interior da China, mais de 10.000 km distantes!). Os hidroviários, 56 destinos, 175 serviços semanais por 45 operadores regulares. Destaque para o “Premium Barge Service”: barcaças que operam, com horários e preços pré-definidos, interligando os diversos terminais do Porto.

Por que o óbvio não acontece... entre nós?

[Próxima semana: Governança X Burocracia]

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