A pandemia da COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus, é considerada a maior dos últimos 100 anos. O Brasil, infelizmente, se tornou um dos países com maior número de infectados, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. De fácil contágio e ainda sem cura ou vacina, ela se alastra facilmente por, praticamente, todo o planeta.
Sem um método efetivo de cura, as formas de combate à doença se dão, em sua maioria, por meio da prevenção. Nesse quesito, algumas startups brasileiras estão se destacando na criação de soluções tecnológicas para amenizar a disseminação, com novidades que vão desde a implementação de tecnologia têxtil até novos aplicativos com serviços úteis.
Esse fenômeno é impulsionado por diversos fatores. Startups, de forma geral, estão atentas às necessidades da vida contemporânea. Não é comum que uma novidade eficiente saia de uma pequena empresa criativa antes de ganhar o mundo.
Ao mesmo tempo, a incapacidade do serviço público de lidar com as questões relacionadas à pandemia motiva que outros setores da sociedade se movimentem para a busca de soluções dentro das possibilidades de cada uma.
Proteção prolongada
Uma startup de São Paulo desenvolveu um antisséptico que promete durar até seis horas. Em vias práticas, seria possível ir ao supermercado, por exemplo, sem preocupar com a contaminação direta pela pele. Mesmo assim, a recomendação ainda é só sair de casa quando necessário, sempre com o uso da máscara.
A tecnologia desenvolvida pela Aya-Tech, empresa responsável pela fabricação do produto, ainda destaca que ele não leva álcool em sua composição por isso, agride menos a pele que os antissépticos comuns. Uma discussão que tomou conta das redes sociais nos últimos dias tocava exatamente nesse ponto.
Como o álcool, em gel ou líquido, retira a proteção natural da pele, produzida pelas glândulas sebáceas, não só o produto desidrata este órgão como também o deixa mais desprotegido. Assim, o antisséptico de longa duração em questão poderia ser uma solução tanto para se conservar a saúde da derme, quanto no combate à COVID-19.
Inteligência Artificial como aliada
Duas startups somaram suas forças para ajudar a prever riscos de contaminação por coronavírus em todo o país. A Colab, plataforma de cidadania, e a Epitrack, do ramo da saúde, desenvolveram um aplicativo em que qualquer usuário pode responder um questionário a fim de entender como o vírus se comporta em cada região.
Coletados esses dados, um software de Inteligência Artificial faz o cruzamento dessas informações e consegue prever o que pode acontecer em até 7 dias em determinada área. Esses dados serão repassados de maneira gratuita para organizações, governamentais ou não, para que possam agir.
O programa é chamado de Brasil Sem Corona, mas o questionário deve ser respondido pelo aplicativo da Colab, que já está em funcionamento e tem versões tanto para iOS, quanto para Android.
Testes mais rápidos
Um dos problemas que o Brasil enfrenta com relação à disseminação da COVID-19 é a lacuna no número de testagens acompanhada pela demora do resultado. Algumas horas, e até um dia todo, em alguns casos, são necessários para a conclusão após a coleta do material para teste.
Assim, uma startup brasileira está aplicando a mesma tecnologia dos testes rápidos de HIV nos casos de suspeita de COVID-19. Além de diminuir os custos e, consequentemente, aumentar o número de testados, isso possibilitaria uma ação mais rápida em casos de resultados positivos.
A Hi Technologies, start up em questão, foi fundada por Marcus Figueiredo e Sérgio Rogal. Ambos, na verdade, se formaram em Engenharia da Computação. Após a faculdade, contudo, direcionaram sua pesquisa para a aplicação da Inteligência Artificial em soluções na área da saúde.
