Data da abertura dos portos brasileiros por Dom João VI ao comércio exterior, em 1808, o dia 28 de janeiro presta homenagem aos que realmente fazem a engrenagem portuária funcionar, que são seus trabalhadores.
Os portuários, que durante a ditadura civil-militar enfrentaram a repressão e o desmonte de suas organizações, seguem como Davi diante de Golias: sem proteção do governo, lutam por seu mercado de trabalho num momento onde a participação dos mega-armadores controlam cada dia mais o comércio exterior, como rolos compressores, precarizando o trabalho portuário. O sistema é perverso.
Não há discurso em defesa de logística e tecnologia que se sustente sem valorização do trabalhador experiente que pode operar tudo isso.
Os portuários trocariam os parabéns da data por respeito às negociações coletivas, garantia de trabalho para os avulsos, mais investimentos dos operadores em segurança, saúde e qualificação.