Quinta, 28 Março 2024

A abertura do mercado de resseguros, prevista para o início de 2007, será importante, principalmente, para o mercado de seguros agrícolas. A opinião é de Max Thiermann, presidente da AGF Seguros, do Grupo Allianz. “O resseguro é a espinha dorsal do mercado de seguros agrícolas. A entrada de novos participantes trará investimentos, lançamento de novos produtos e tecnologia para o setor”.

A modalidade é considerada como um seguro catastrófico, ou seja, com um único evento há diversos sinistros. “O Brasil não possui a expertise em seguros catastróficos, pois está isento de furações, terremotos e maremotos, por exemplo. Como o mercado brasileiro de seguros não comportaria esse tipo de risco é fundamental que haja a quebra do monopólio do Instituto Brasileiro de Resseguros (IRB-Brasil Re) para observarmos o crescimento do setor”, explica Thiermann. Hoje, apenas 1,5% das plantações brasileiras estão seguradas.

Além disso, ele conta que as cinco seguradoras que operam com a linha — AGF, Mapfre, Seguradora Brasileira Rural (SBR), Aliança do Brasil e Nobre — oferecem apenas a cobertura de sinistros causados por incêndio, vendaval, geada, granizo, inundação, chuva excessiva e não germinação, ou seja, a maioria das coberturas refere-se a eventos climáticos.

“Em outros países, as companhias de seguros disponibilizam coberturas de sinistros causadas por pragas ou mesmo uma modalidade que garante uma renda fixa ao agricultor que efetivar a plantação”, destaca o executivo.

Atualmente, o governo federal quer substituir o Fundo de Estabilidade do Seguro Rural (Fesr), criado há 40 anos, com a finalidade de proteger o agricultor em casos de sinistros. As seguradoras que atuam no seguro agrícola contribuem com um percentual de seus lucros para o fundo e, em caso de acidentes com as plantações, o governo solicita a aprovação orçamentária, no legislativo, de uma verba extra para completar o valor faltante. Porém, o fundo não tem caráter acumulativo e essa é uma das maiores reivindicações das seguradoras.

Membros do Ministério da Agricultura, da Fazenda e da Federação Nacional das Seguradoras (Fenaseg) estão elaborando um anteprojeto de lei que alteraria alguns pontos do Fundo de Estabilidade do Seguro Rural. O novo fundo, chamado provisoriamente de Fundo de Catástrofes, teria uma administração independente e não mais do IRB-Brasil Re, os recursos não ficariam mais depositados no caixa do Tesouro Nacional e as contribuições das seguradoras seriam baseadas no risco das operações que elas assumiriam e não no lucro.

No segundo semestre deste ano, a AGF lançou duas modalidades de seguro agrícola: canaviais e florestas. A empresa, que opera com apólices agrícolas há apenas um ano, estreou no mercado lançando um seguro para plantações de soja e milho. “Para o ano que vem, estamos prevendo lançar um seguro para cultivos perenes, entre eles maçã, café e uva. Mas como atuamos há pouco tempo com a modalidade, ainda estamos sentindo o mercado, tentando entender qual a melhor forma de comercializar o produto”, destaca o presidente da AGF.

Além do lançamento de apólices para novos mercado, a seguradora também está mirando regiões que fogem do eixo tradicional de cultivos de insumos agrícolas. “Estamos buscando clientes em cidades do interior de São Paulo, Paraná e Goiânia”, diz Thiermann.

2007
Para o ano que vem, a empresa espera atingir o mesmo desempenho alcançado nos últimos dois anos. “Devemos encerrar esse ano com crescimento entre 18% e 20%. Em 2007, queremos repetir esse desempenho. Embora as metas sejam ambiciosas, acredito que conseguiremos atingi-las”, conta o presidente da seguradora.

Além dos seguros agrícolas, a empresa está apostando nos segmentos de saúde corporativa, riscos de engenharia e seguro corporativo para atingir a meta estabelecida.

“Tanto o governo quanto a iniciativa privada estão realizando inúmeras obras. Além disso, o grupo Allianz é forte nesse segmento e tem nos ajudado com visitas aos locais que serão realizadas as construções e com a melhora da formação dos funcionários da AGF” afirma Thiermann.

Além disso, a companhia quer reforçar a atuação no Programa Seleção AGF, com corretores de seguros. “O programa, que teve início no final de 2005, busca saber quais são as necessidades dos corretores sejam elas de formação, incentivo ou estrutura. Nosso programa é diferente de campanhas de incentivo”, explica o executivo.

Atualmente, a AGF possui relacionamento com cerca de 10 mil corretores, sendo apenas 2,5 mil parceiros da seguradora.

Fonte: DCI - 19/12/06

Curta, comente e compartilhe!
Pin It
0
0
0
s2sdefault
powered by social2s
Deixe sua opinião! Comente!
 

 

 

banner logistica e conhecimento portogente 2

EVP - Cursos online grátis
seta menuhome

Portopédia
seta menuhome

E-book
seta menuhome

Dragagem
seta menuhome

TCCs
seta menuhome
 
logo feira global20192
Negócios e Oportunidades    
imagem feira global home
Áreas Portuárias
seta menuhome

Comunidades Portuárias
seta menuhome

Condomínios Logísticos
seta menuhome

WebSummits
seta menuhome