Sexta, 19 Abril 2024

Ana Paula Kagueyama* Head Global de Soluções para Clientes do PayPal

É claro que muita coisa mudou para melhor no decorrer dos últimos 50 anos quando pensamos nas oportunidades abertas no mercado de trabalho para nós, mulheres. E também é verdade que temos visto, em todos os veículos de comunicação (impressos, televisivos, radiofônicos, online etc.), mais e mais executivas de sucesso sendo perfiladas. É orgulho que chama, né? Sem dúvida. Mas, ao mesmo tempo, é preciso mantermos um pé na realidade que nos cerca.

Digo isto porque, estes dias, pensando na chegada de mais um mês de março – e do Dia Internacional da Mulher –, deparei com uma nova pesquisa sobre equidade de gênero no mercado de trabalho brasileiro. E os resultados não são animadores como gostaríamos. Realizado pelo LinkedIn, o estudo revela, entre outras coisas, que o principal obstáculo enfrentado pelas mulheres é o “condicionamento social” que faz com que elas se sintam menos merecedoras do que os homens, “criando uma lacuna de direitos que afeta diretamente suas vidas profissionais”.

Não é fácil lidar com isso, sabemos. Ainda há muito preconceito. Mas a porcentagem de brasileiras entrevistadas que acreditam ter menos direitos do que os homens no ambiente de trabalho é de inacreditáveis 82%. E atenção: quase metade (47%) dessas profissionais nunca pediu um aumento ou promoção fora da sua avaliação de desempenho anual, mesmo sentindo que sua performance é acima do esperado para o atual cargo. É a tal Síndrome da Impostora em modo full.

Síndrome que, diga-se, nos assombra em qualquer momento de nossas vidas. Haja visto que a pesquisa, feita em parceria com a ONG inglesa The Female Lead, entrevistou mais de 2.000 profissionais entre 25 e 55 anos, durante o mês de fevereiro.

Diferentemente dos homens, que “aplicam” para cargos de maior responsabilidade mesmo sem estarem 100% prontos para a missão, as mulheres, a partir do momento em que sentem que merecem uma promoção, costumam esperar, em média, 1 ano e 3 meses para conversar com seus/suas superiores. A pergunta que fica é simples: por quê? No caso de mulheres negras, então, a questão se torna ainda mais séria. Cerca de 25% das entrevistadas admitiram esperar até 2 anos para tentar uma negociação.

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