Quinta, 25 Abril 2024

Milton Lourenço é presidente da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística (ACTC)

O relatório que a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), organismo criado em 1948 pelo Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas (ONU), prepara a cada ano mostra que o porto de Santos continuou a ocupar em 2015 o primeiro lugar na movimentação de contêineres no continente, com 3,6 milhões de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), o que representou um crescimento de 2,1% em relação a 2014 (3,5 milhões de TEUs). Segundo a Cepal, nos 120 portos da região analisados, a atividade cresceu 1,7%, com um volume aproximado de 48 milhões de TEUs.

Responsável pela movimentação de 27% do comércio exterior brasileiro, o porto santista está à frente de Colón (3,5 milhões de TEUs) e Balboa (3,2), ambos no Panamá, Cartagena (2,6), na Colômbia, Manzanilla (2,4) no México, Callao (1,9), no Peru, Guayaquil (1,7), no Equador, Kingston (1,6), na Jamaica, Buenos Aires (1,43), na Argentina, e Freeport (1,4), nas Bahamas. O segundo porto brasileiro a aparecer no ranking é o de Paranaguá-PR, em 20º lugar, com 782 mil de TEUs, seguido por Rio Grande-RS, com 726 mil, em 21º lugar, e TUP Portonave-SC, com 662 mil, em 22º.

Embora a diferença na movimentação em relação aos dois portos panamenhos não seja significativa, a tendência é que Santos continue a liderar o ranking da Cepal em 2016, apesar da crise econômica que o País atravessa em função dos desacertos econômicos dos últimos governos, que decidiram priorizar a ideologia na condução da política externa, incluindo o comércio exterior. Basta ver que os recursos que o BNDES emprestou a juros camaradas a países ideologicamente “amigos” e empresas favoritas agora fazem falta no caixa do governo.

Mesmo assim, é de se ressaltar que as cargas exportadas até maio de 2016 pelo porto de Santos – e não só em contêineres – alcançaram US$ 22,2 bilhões, segundo dados da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), valor superior em US$ 2 bilhões ao registrado no mesmo período de 2015. Isso mostra que está mantida a tendência de crescimento no valor comercial das exportações pelo cais santista.

Nesse quesito, segundo a Codesp, o porto de Santos ampliou sua participação na movimentação de todos os portos nacionais, alcançando o índice de 30,2%, favorecido principalmente pelo volume registrado em maio de 7,57 milhões de toneladas, o maior de todo o primeiro semestre até então. Portanto, esses números deixam clara a necessidade premente de revitalização das conexões de acesso ao porto de Santos, o que inclui as obras de dragagem. Neste caso, a melhor solução parece a que é defendida pelo governo interino, ou seja, a privatização da gestão da dragagem.

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