Sexta, 29 Março 2024

Lucro é o retorno positivo de um investimento feito por um indíviduo ou uma pessoa nos negócios. É a recompensa pelo risco que o investidor assume ao iniciar um empreendimento. Segundo os princípios da Economia Aziendal , o lucro pode ser originário do funcionamento (lucro operacional) e do crédito (lucro da gestão econômica).

 

Veja Também

 

Tipos de Lucro

 

De acordo com a estrutura das Demonstrações Contábeis de Resultados utilizados no Brasil, o lucro é desdobrado nas seguintes categorias:

  • Lucro Bruto: diferença positiva de Receitas menos Custo;
  • Lucro Operacional: diferença positiva do lucro bruto e das despesas operacionais;
  • Lucro não operacional: resultado positivo das receitas e despesas não operacionais;
  • Lucro Líquido: diferença positiva do lucro bruto menos o lucro operacional e o não operacional;
  • Lucro a ser distribuído: lucro liquido menos a quantia destinada a Reservas de Lucros ou compensada com os Prejuízos Acumulados;

A lesgislação tributária criou outras categorias de Lucro, a saber (vide Contabilidade tributária):

  • Lucro Real: Base de Cálculo do Imposto de Renda das pessoas jurídicas. (Contabilmente, seria o Lucro Líquido menos as adições e exclusões de despesas feitas para fins de apuração do tributo citado).
  • Lucro Inflacionário: parcela do Lucro Real, composta do saldo credor da correção monetária de balanços ajustado pelas variações monetárias e cambiais, e que podia ser diferido, ou seja, devido em exercícios futuros).
  • Lucro de Exploração: parte do Lucro Real formado pelas Receitas oriundas de incentivos fiscais do Imposto de Renda (isenção ou redução).
  • Lucro Presumido: outra base de cálculo do imposto de renda, basicamente sobre Receitas, e com escrituração simplificada no Livro Caixa.

 

Lucro na Sociedade Capitalista

 

O que caracteriza a sociedade capitalista, o seu princípio básico, é a busca do lucro. Não que em outras sociedades não existissem atividades que dessem lucro. Porém, na sociedade capitalista esse aspecto é exacerbado e, por isso, vai determinar as outras facetas do sistema. A busca do lucro máximo é o objetivo de todo capitalista. As suas consequências vão se fazer sentir nas relações entre os homens, na ideologia da sociedade e, até, no comportamento de todos nós. O lucro não tem a finalidade de dar meios para a subsistência do capitalista. Este é apenas um aspecto secundário. O lucro é um fim em si mesmo. Pode ser usado para manter a família do capitalista com conforto, para alcançar mais poder para o capitalista ou para ser reinvestido nas suas empresas, gerando, dessa forma, mais lucro. Uma empresa, mesmo que seja lucrativa, pode mudar de ramo de atividade, se perceber que a margem de lucro em outra área de atuação é maior do que na sua.
Quais são as consequências dessa obsessão pelo lucro? Em primeiro lugar, o trabalhador, que vende a sua força de trabalho para o capitalista, vai receber o mínimo salário possível e lhe será exigido o máximo de produtividade. Isso não significa que o capitalista é um homem mau (embora muitas vezes ele realmente seja), que quer explorar o trabalhador. O sistema é que assim o exige. Por exemplo, se uma empresa resolver pagar os seus trabalhadores com salários acima da média, vai perder competitividade, porque o seu lucro será reduzido e as outras empresas do ramo vão ganhar mais espaço no mercado. Há empresas que dão uma série de benefícios aos seus trabalhadores, mas isso acontece porque elas acreditam que, dessa forma, podem aumentar a produtividade e obter lucros maiores. O fato das empresas procurarem pagar o mínimo possível não significa que todos os salários serão baixos. Um cantor de sucesso, por exemplo, que seja disputado por várias gravadoras, vai receber altos ganhos porque o lucro que ele gera é muito maior do que o dinheiro que vai receber. Mesmo assim, o que a gravadora vai pagar a ele será o mínimo possível para poder mantê-lo sob contrato. Essa regra é geral. Há também empresas que pagam os estudos de seus trabalhadores e, nesse caso, elas também não estão fazendo qualquer bondade. O que acontece é que elas precisam de trabalhadores mais qualificados para exercer suas funções e fica muito mais barato investir na educação de seus próprios trabalhadores do que contratar um pessoal mais qualificado no mercado de trabalho.
Quais são as outras consequências que esse sistema gera? Pelo menos mais duas influências: na ideologia da sociedade e no comportamento humano.
Toda sociedade tem sua própria ideologia. É um conjunto de idéias, geralmente falsas, que justificam a maneira de ser da sociedade e contribuem para mantê-la do jeito que está, sem mudanças. A classe dominante de uma sociedade não seria capaz de manter o seu poder se as idéias que circulam fossem contrárias aos seus interesses. Por exemplo: a escravidão foi um fato histórico gerado pela necessidade de mão-de-obra para trabalhar no Novo Continente, recém descoberto. Como, por várias razões, o trabalho indígena não era adequado às necessidades dos fazendeiros, resolveu-se "importar" mão-de-obra escrava. Partiu-se, então, para o tráfico de africanos, porque tinham conhecimento de agricultura e, também, porque sua captura era relativamente fácil. A questão é: como foi possível para a sociedade do século XIX (pós revolução francesa) aceitar a escravidão no Brasil? Simples. A ideologia da época dizia que o negro era um ser tão inferior que era equivalente aos animais. Isso fez com que a sociedade aceitasse o fato da escravidão dos negros, já que ninguém era contra o trabalho animal. A ideologia deriva da forma como a sociedade é estruturada e não o contrário. Não foi pelo fato do negro ser considerado inferior que ele foi escravizado. Primeiro veio a necessidade de conseguir mão-de-obra escrava; depois é que surgiu a idéia de que ele era um ser inferior. O que a ideologia faz é justificar uma situação para que as pessoas a aceitem como natural. O mesmo pode ser dito de outras idéias que circulam em nossa sociedade, como a de que o trabalho dignifica o homem. Como o trabalho no sistema capitalista, em geral, é repetitivo, alienado, desgastante e mal pago, as pessoas não sentem o menor prazer em trabalhar. Trabalham por obrigação, por falta de outra alternativa. Para que não houvesse um movimento contra esse tipo de trabalho (o que seria trágico para o capitalista), uma série de idéias sobre trabalho passaram a circular como verdades insofismáveis. Uma delas é que o "trabalho dignifica o homem", outra é que "o dinheiro não traz felicidade", e outras do mesmo gênero.
A obsessão pelo lucro e a ideologia vão influenciar também o comportamento dos homens na sociedade. Se, por um lado, o capitalista busca o lucro a qualquer preço e para isso tem de competir com outros capitalistas, o trabalhador também terá de competir com outros trabalhadores para conquistar uma melhor posição no mercado de trabalho. A consequência é que as pessoas vão se comportar como se fossem inimigos. Ao contrário da época em que o homem vivia em comunidades onde todos trabalhavam para o bem comum, o homem, hoje, vive para "vencer" como indivíduo e, para isso, deve derrotar os outros que competem com ele. Ditados como "quando a farinha é pouca meu pirão primeiro" ou " esperto é aquele que consegue levar vantagem em tudo" aliados a sentimentos como inveja e desprezo aos outros seres humanos refletem bem o clima entre as pessoas na sociedade capitalista. E tudo isso é encarado com muita naturalidade, já que a ideologia dominante diz que o "homem é assim mesmo". (v.natureza humana).  Mas, como ficam as relações entre as empresas e os indivíduos? Sabemos que as empresas competem entre si da mesma forma que os indivíduos, mas o que acontece entre eles? Também é uma relação de conflito, já que as empresas só querem vender os seus produtos, não importando se eles são necessários, bons ou mesmo úteis para o consumidor. Muitas vezes, até, fabricam produtos que matam ou deixam a população doente, mas nada disso importa, porque o importante é vender. Laboratorios farmacêuticos pesquisam novos remédios, não porque estejam interessados na saúde das pessoas, mas porque há um público consumidor para eles. Por isso, só pesquisam doenças que afetam uma quantidade razoável de pessoas, que teriam dinheiro suficiente para pagar pelos remédios encontrados. É por esta razão que os grandes laboratórios não faziam pesquisa alguma para a doença de Chagas, que é própria do terceiro mundo e afeta a população pobre. Outras indústrias, como a alimentícia, por exemplo, fabricam refrigerantes, cigarros, alimentos enlatados, etc., que, sabe-se há muito tempo, fazem mal à saúde. Outras indústrias fabricam artigos completamente inúteis ou supérfluos, e gastam uma fortuna em publicidade para nos convencer a comprá-los (v.desperdício). O importante é vender! Concluindo, a obsessão pelo lucro acaba afetando as nossas vidas e o relacionamento que temos com os outros de modo negativo. Imitamos o comportamento das empresas quando concordamos que "o importante é vencer" (v.comportamento). Triste sociedade esta que é baseada no lucro, seja o das empresas ou o pessoal. Há alguma alternativa para isso?

 

(Fonte: http://www.geocities.com/jaimex54/Lucro.html )

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