Segunda, 29 Abril 2024

Nos dourados anos dos transatlânticos, a travessia da Europa para a costa leste da América do Sul era considerada uma rota importante, tanto para os armadores, quanto para os passageiros e imigrantes que buscavam uma nova vida no Brasil e em outros países do continente.


Capa do folder publicitário da Royal Mail Line, informando o que o
Andes tinha de interessante. Década de 1950 (Acervo: Laire J. Giraud)

Diante dessa importância, Brasil, Uruguai e Argentina foram privilegiados pela sorte de ter recebido grandes transatlânticos, até hoje lembrados, como os italianos ‘Conte Grande’, ‘Conte Biancamano’, ‘Giulio Cesare’, ‘Augustus’, os franceses ‘Provence’, ‘Bretagne’, ‘Pasteur’, os americanos ‘Brazil’, ‘Argentina’ e ‘Uruguay’, os portugueses ‘Serpa Pinto’, ‘Vera Cruz’ e ‘Santa Maria’, os britânicos ‘Alcantara’ e ‘Andes’. A lista de transatlânticos é extensa e, por essa razão, muitos deixam de ser aqui citados.

Leia também
* O Conte Grande
* A primeira escala do Augustus em Santos
* A era dos navios de passageiros não terminou

E, em vista da concorrência entre os armadores, estes não poupavam esforços em encomendar navios magníficos, o que permitiu aos brasileiros testemunharem a passagem de majestosos navios. Santos foi um dos mais privilegiados portos onde aqueles monumentais transatlânticos fizeram escala.

Dentre muitas companhias de navegação, a britânica Royal Mail Line (Mala Real Inglesa), de Londres, por ser muito conceituada devido aos longos anos de serviços prestados, gozava de grande respeito entre os viajantes do Atlântico.


O navio de passageiros ’’Andes’’, navegando pelo estuário do Porto
de Santos - 1953. (Foto: José Dias Herrera - Acervo: Laire J. Giraud)

Vamos nos deter mais especificamente nos navios da Royal Mail nos anos 50. Além dos mencionados ‘Alcantara’ e ‘Andes’, navegavam na rota navios do mesmo armador, como os consagrados ‘Highland Brigade’, ‘Highland Chieftain’, ‘Highland Monarch’ e ‘Highland Princess’. Eram navios de 14.000 toneladas.

Os navios partiam de Southampton, sul da Inglaterra, com escalas em Cherburgo (França), Vigo (Espanha), Leixões e Lisboa (Portugal), Ilha da Madeira (Portugal, no Atlântico), Las Palmas (Espanha, no Atlântico), Recife (PE), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), Santos (SP), Montevidéu (Uruguai) e Buenos Aires (Argentina).

Vale lembrar que a Mala Real Inglesa - como era mais conhecida no Brasil - perdeu um grande navio em viagem inaugural, em 1949: o Magdalena, que teve o casco quebrado em duas partes após passar por cima de pedras submersas na Barra da Tijuca, no litoral do Rio de Janeiro. O piloto de quarto confundiu a Barra da Tijuca com a entrada da Baía de Guanabara.


Cartão-postal de editora independente, não oficial do armador,
mostrando as cores do belo ’’Andes’’. (Acervo: Laire José Giraud)

O protagonista deste texto, o navio de passageiros ‘Andes’, foi construído pelo estaleiro Harland Wolff Limited, de Belfast, na Irlanda. Media 204 metros de comprimento por 25,45 metros de boca (largura) e deslocava 25.676 toneladas.

Clique aqui para ler a segunda parte deste artigo.

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