Quarta, 15 Mai 2024

As exportações de minérios extraídos no Rio Grande do Norte cresceram cerca de 38% no ano passado, quando comparadas aos resultados de 2005, segundo dados oficiais compilados pela coordenadoria de Comércio Exterior da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec). O incremento corresponde ao valor negociado em dólar, mas especialistas do setor de extração e exportação mineral alertam que a expansão só deve continuar se o poder público e as empresas investirem em infra-estrutura.

Estradas, ferrovias, terminal graneleiro e modernização dos portos estão entre as principais obras necessárias à continuidade dessa “retomada da atividade de exploração mineral” no Rio Grande do Norte. As empresas venderam US$ 4,53 milhões em minério, em 2006, contra US$ 3,3 milhões no ano anterior. Em 1996, por exemplo, o Estado negociou pouco mais de 538 mil dólares para o mercado internacional.

A diversidade de produtos, uma tendência cada vez maior nos últimos dez anos, é apontada por geólogos e analistas de comércio exterior como o principal fator para o crescimento registrado. A retomada começou em 2002, ano que o Rio Grande do Norte exportava um total de apenas US$ 1,82 milhão. Hoje, o Estado exporta desde as pedras preciosas até asd diversas variedades de granito e caulim.

O coordenador de Recursos Minerais da Sedec, o geólogo Otacílio Oziel de Carvalho, destaca que ao contrário das décadas de 70 e 80, quando a scheelita era o pivô da economia do Estado, existe hoje uma diversidade na pauta de exportação. “Inclusive em relação ao setor mineral. Deixamos de produzir somente a scheelita para incluir produtos como o granito e o caulim”, disse.

“Não devemos imaginar que, mesmo com a retomada da exploração de scheelita, o Rio Grande do Norte vai viver novamente aquela realidade dos bons tempos. À época, era a única riqueza que produzíamos”, lembrou Otacílio de Carvalho. Os granitos respondem pelo maior valor exportado em 2006 (US$ 3,13 milhões), seguido do concentrado de tungstênio (scheelita), que rendeu US$ 652,7 mil até novembro.

O chefe do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM/RN), Carlos Magno Cortez, diz que tanto o governo estadual quanto o federal devem investir em infra-estrutura porque essa é a tendência nos demais estados. Caso isso não ocorra, as empresas podem avançar em ritmo mais rápido e o Estado não dispor de infra-estrutura básica para receber os investimentos.

“O preço do minério pode até ser muito bom no mercado de commoditie, mas se não houver logística, tudo fica inviável e o minério permanece no Estado”, afirmou Carlos Magno. Alternativas como um ramal ferroviário interligando o Rio Grande do Norte à Transnordestina são apontadas pelo coordenador de Recursos Minerais da Sedec como um péssimo negócio para o Estado. “Seria um prsente de grego para nós mesmos porque levaríamos carga para os terminais dos estados vizinhos”, disse Otacílio de Carvalho.

A Armil Mineração, empresa instalada no município de Parelhas, é hoje uma das principais exportadoras de minério de caulim e feldspato no RN. A mineradora detém todas as condições para atender a instalação de um pólo industrial especializado em procelanas. Otacílio de Carvalho diz que o Rio Grande do Norte é hoje o estado que reúne as melhores condições, no País, para a instalação de grandes empresas desse segmento. A explicação, segundo ele, é simples: matéria-prima em abundância e de qualidade, energia considerada uma das mais baratas e a prsença de mineradora reconhecida até no mercado estrangeiro. A tendência, segundo os especialistas, é que o Estado se transforme em um grande centro ceramista em função também das jazidas e do gás natural, uma das principais demandas dessa indústria.

Fonte: Tribuna do Norte - 14 JAN 07

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