Quarta, 15 Mai 2024

A China, país mais povoado do mundo com 1,3 bilhão de habitantes, com uma economia que cresce mais de 10% ao ano, começa a questionar sua capacidade de atender as necessidades de mais 200 milhões de pessoas em 2033. O aumento da população trará desafios à educação, ao mercado de trabalho e ao sistema previdenciários, segundo relatório do govenro chinês.

A população na China só não é maior graças à famosa política "política do filho único", lançada pelo governo comunista no fim dos anos 1970. Assim, a China conseguiu evitar "a explosão demográfica", reduzindo o número de crianças por mulher de 5,8, nos anos 1970, para os atuais 1,8. Com a lei, foram evitados 400 milhões de nascimentos.

Problemas
Entretanto, o crescimento econômico acelerado naturalmente costuma fazer aumentar a população, ainda que não nos níveis registrados há 30 anos. Por isso, a expectativa é que a CHina tenha 1,45 bilhão de habitantes em 2020 e 1,5 bilhão até 2033.

Com menos crianças nascendo, a população ativa, situada entre 15 e 64 anos, será de mais de 1 bilhão de pessoas no fim de 2016, contra 860 milhões em 2000.

O estudo revela que inúmeros operários chineses não serão bastante qualificados para enfrentar a concorrência internacional, não apenas em razão de seu nível de educação mas também em razão das ameaças de saúde pública, como a aids.

Mais homens do que mulheres
Além disso, cerca de 30 milhões de homens, em particular aqueles com renda e qualificações mais baixas, continuarão solteiros no fim de 2020, conseqüência do desequilíbrio crescente entre nascimentos de meninos e meninas.

Nas regiões rurais chinesas, e também nas cidades, os casais preferem ainda ter um menino, inclusive recorrendo a abortos, porque os homens são preferidos para perpetuar a linha e cuidar dos país na velhice.

"A discriminação com as mulheres continua sendo a razão principal do desequilíbrio crescente entre os sexos", disse Liu Bohong, vice-diretor do Instituto dos Estudos Femininos, associado à Federação das Mulheres Chinesas.

Em 2005, foram registrados 118 nascimentos de meninos para 100 de meninas. Em algumas regiões, esta diferença aumenta, até 130 para 100.

Migração e êxodo
As pessoas de mais de 60 anos, que são atualmente 143 milhões (11% da população), totalizarão 234 milhões em 2020 (16%) e 430 milhões no fim de 2040 (30%), o que obrigará o país a dedicar muito mais recursos à seguridade social e ao sistema de aposentadorias.

O êxodo rural, por fim, continuará, prevê o relatório, anunciando que mais de 300 milhões de camponeses vão deixar suas terras para morar nas cidades nos próximos 20 anos.

"Nosso país vive atualmente a maior onda de migração de sua história", estimam os autores, pedindo ao governo comunista que dê mais importância a este assunto.

O relatório recomenda dar continuidade e melhorar a política do filho único para conter o crescimento da população nos limites de 1,36 bilhão de habitantes em 2010.

Fonte: G1 - notícia atualizada às 18h10 de 15 JAN 07

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