Quinta, 02 Mai 2024

Jorge Bahia* Consultor e sócio proprietário do Grupo Bahia Associados - bacharel em administração de empresas, contador, consultor de empresas, palestrante, professor em cursos profissionalizantes, sócio proprietário do Grupo Bahia Associados, com experiência profissional de mais de 20 anos em empresas multinacionais atuando na área fiscal, tributária, contábil e controladoria

Conceito que sempre foi trabalhado no mercado, mas que atualmente ganha novo impulso, ou por busca de agilidade e qualidade da operação, ou por meta de redução de custos, tem relação ao tema Logística Integrada. Abordagens sobre a questão, tratam a mesma como, por exemplo, a interação ou integração dos processos e procedimentos da cadeia de suprimentos da empresa, ou, a avaliam como acompanhamento das atividades relacionadas a administração de materiais envolvendo a aquisição, o transporte, o recebimento, e distribuição, ou ainda como a gestão de todas as etapas do processo que envolvem desde a retirada (ou recebimento) dos insumos de produção no fornecedor, a boa guarda física e manutenção de qualidade ampla desses insumos até a disponibilidade dos mesmos para a linha de produção ou efetiva revenda.

Em projetos mais amplos a logística integrada pode contemplar inclusive, a avaliação quanto a necessidade de insumos de produção na linha, e já trabalhar a sua gestão desde essa programação de necessidade. Empresas de e-commerce trouxeram de forma mais contundente a efetivação dessa dinâmica de acompanhar, ter informações, detalhes da linha de produção do fornecedor, pois não podem correr o risco de se comprometer com a entrega de determinada mercadoria em 24 horas se o meu fornecedor terá dificuldades de entregá-la nesse prazo, e ter essa mercadoria em estoque, pode vir a estrangular o fluxo de caixa com relação a outros itens que podem ter maior demanda de mercado, ou, giro de estoque.

Quando se analisa um processo como esse, é importante ter e conhecer as ferramentas que ajudarão a administrá-lo. Analisando a questão não somente do lado operacional quanto a possível agilidades a determinada etapa, mas também, do lado de controle patrimonial é fato que o estoque é um dos principais componentes desse grupo (patrimônio), sendo ele (estoque) o bem que recebe toda a atenção e processos quanto a ser trabalhado para se transformar em produto de venda e geração de receita da companhia, ou seja, a gestão sobre o mesmo necessita ser maximizada.

Pois bem, na avaliação de projeto dessa natureza, é condição “sine qua non” entender como será realizado esse controle em termos sistêmicos e físicos, algo do tipo, a empresa que irá operacionalizar o projeto, que será a responsável pelas atividades da logística integrada, tem seu próprio software para uso na atividade, e em sendo isso, as trocas de informações entre ele e o ERP da tomadora de serviços, estão devidamente validadas, não esquecendo que a aquisição do material, e o seu recebimento físico, mesmo que gerido por terceiros, geram informações fundamentais em termos contábeis, financeiros e tributários que deverão estar refletidas em seu sistema de gestão (ERP – da tomadora dos serviços) e em suas informações de natureza fiscal e tributária (SPEDs). Assim a não interoperabilidade desses sistemas é fator que pode causar contingências de vários níveis aos envolvidos na operação

Poderemos ter situação na qual a ferramenta sistêmica para controlar essa movimentação de materiais será a da empresa contratante das atividades, mas operacionalizada por terceiros, e aí temos todas as regras de compliance da organização a serem observadas quanto a acessos a informações e controles proprietárias, e uso de ferramentas sistêmicas da organização, considerando que possível uso não correto refletirá em contingências para a empresa contratante.

Outro componente, também interessante, quando se analisa projeto dessa natureza, tem relação as suas etapas logísticas , como por exemplo, possível armazenagem terceirizada, onde faz-se necessário distinguir para fins legais e regulamentares, a clara separação do conceito de armazém geral, e o simples conceito de guarda/depósito de mercadorias de terceiros, o que também, pode trazer resultado punitivo para as empresas se não bem administrados e controlados em termos de autorizações cadastrais para a operação. Além desse aspecto para as mercadorias armazenadas fora do estabelecimento há uma tratativa específica de tratamento contábil relacionada a mercadoria da empresa em poder de terceiros, bem como controles que evidenciem a quantidade das mesmas e valor.

Assim, em projetos nessa linha deve-se ter de forma bem clara para todos os envolvidos, quais são os componentes operacionais que farão parte do mesmo, os mecanismos e ferramentas de controles, as métricas de avaliação, a legalidade das documentações que suportarão as movimentações de mercadorias, assim como a regularidade dos possíveis estabelecimentos que serão envolvidos nas operações, regularidade essa vinculada, para a etapa da operação na qual irão participar e para os fins ao qual irão participar.

Também é interessante a abordagem quando se analisa o tema considerando o conceito de supply chain, pois nessa atividade se realiza a gestão de toda a cadeia de suprimentos, mas contemplando, também, o processo de entrega do produto final fabricado ou comercializado pela empresa ao seu cliente. Muitos projetos de logística integrada, tratam da gestão da cadeia de suprimentos até a fase da disponibilização dos insumos na linha de produção, ou, da disponibilização do material de revenda no local de onde o mesmo sairá para entrega a seu adquirente. A evolução do mercado é uma crescente que deve ser acompanhada pelas empresa, e vem acompanhada de outros conceitos que buscam dar eficiência, competitividade e agilidade, como é o caso da intralogística que está vinculada a boa administração do armazém com relação a sua movimentação e controles de operações internas (logística inbound).

Sem dúvida a busca da rentabilidade e da lucratividade do negócio devem ser as metas na administração do mesmo, a Logística Integrada, pode ser um ingrediente positivo no alcance dessas metas, a atenção, como comentamos acima fica por conta de definir claramente a sua abrangência, a sua forma de operacionalização (ferramentas de controles), definição de métricas de resultado, e legalização das operações que possam fazer parte do projeto com base nas determinações das legislações comercial, fiscal, tributária e financeira.

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