Até o final de 2012, o porto de águas profundas que será instalado no Espírito Santo terá o local de instalação definido e a viabilidade técnica, econômica e ambiental determinada. É o que apontou na terceira e última parte da entrevista ao Portogente o diretor de Infraestrutura da Companhia Docas do Estado do Espírito Santo (Codesa), Hugo Amboss.
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Para ele, a palavra-chave para os portos brasileiros alcançarem maior eficiência diante de um concorrido mercado internacional é “desburocratização”.
Foto: Antonio Dettmann/Arquivo Portogente
Porto de Vitória não atende às grandes
e modernas embarcações de classe mundial
Portogente – Como está a situação do porto de águas profundas a ser implantado no estado do Espírito Santo?
Hugo Amboss - Fizemos uma licitação e a empresa ganhadora está trabalhando no estudo de localização. Nos próximos dias, ela conclui o estudo, apresenta as alternativas viáveis e aquelas que podem ser consideradas inviáveis e a Codesa, de posse desse estudo, vai discutir com os setores envolvidos, com a SEP e o Governo do Estado. A partir daí, decidido qual o local mais apropriado, partimos para a segunda etapa do processo, que é o estudo de viabilidade para verificar a viabilidade técnica, econômica e ambiental. Feito isso, é a terceira etapa dentro do contrato, que é a parte de campo, de laboratório. São casos de sondagem, de estudos mais aprofundados e técnicos.
Portogente - Esse processo todo leva quanto tempo?
Amboss - Nesses três módulos, o contrato foi feito com oito meses. Começou em maio e a nossa meta é concluir dentro desse prazo. E, a partir daí, fazer a contratação de um projeto básico para a construção do porto.
Foto: acervo de Laire Giraud
Imagem dos anos 1970 mostra que Vitória já avançou,
mas, como outras cidades, ainda precisa desenvolver tecnologia
Portogente - O que ele representará em termos de movimentação?
Amboss - O Porto de Vitória, em função de nossa sinuosidade, de ser um Porto abrigado e natural, tem as suas limitações físicas. E sabe-se que cada vez mais são construídos navios maiores. Então, a gente precisa preparar o estado do Espírito Santo para continuar concorrendo com toda essa economia mundial. Por isso, a ideia de um porto de águas profundas.
Portogente - Na sua avaliação, o que falta para os portos brasileiros atingirem maior eficiência?
Amboss - Desburocratização. Essa é a palavra-chave.