Segunda, 29 Abril 2024

Caros leitores,

 

Hoje, continuaremos a falar sobre a origem dos sinais das ferrovias.

 

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Na Inglaterra, a uniformização dos sinais ferroviários sempre existiu. Na França, entretanto, somente em 1885, um decreto ministerial tornou obrigatório um código que padronizava os sinais.

 

Posteriormente, os sinais luminosos foram mais e mais utilizados nas estradas de ferro, em razão de sua boa visibilidade e das vantagens técnicas de funcionamento que eles representavam, pois não havia motor e nenhuma peça móvel, mais somente reles.

 

Sinalização sobre as linhas ferroviárias

e o posto de comando em Lille-França

 

 

Sinalização da ferrovia suíça

 

 

O branco como foco de via livre foi utilizado até 1935, mas, em seguida, foi eliminado, pois podia confundir, à distância, com a iluminação das lâmpadas exteriores a via. A escolha da cor vermelha não foi arbitrária. O olho humano percebe bem menos os pequenos comprimentos de onda do espectro da luz como o azul e o violeta, do que os grandes do amarelo e principalmente do vermelho. É por isso que o vermelho, depois do branco, é a cor mais visível e utilizada universalmente como sinal de parada. As outras cores são o amarelo, para advertência, e o verde, para via livre.

 

Existe uma infinidade considerável de sinais, tais como os sinais de proteção e espaçamento, de limitação de velocidade, de direção, etc. A segurança teve um grande progresso com a invenção do sistema de bloco, que permite manter os trens separados não mais por um intervalo de tempo mais por um intervalo de espaço. Esse tipo de equipamento respondeu melhor a necessidade solidária de comunicação entre os sinais visuais e os postos de controle de trens. Também por medida de segurança, há a repetição sonora de sinais dentro da cabine de comando das locomotivas. Se o maquinista não atende a sinalização de campo, existe a possibilidade de frenagem do trem automaticamente.

 

Sinais de entrada de túnel

 

 

A implantação de sinais ao longo da linha é estabelecida em função da velocidade máxima autorizada, da frenagem mínima que deve atuar sobre os trens e da inclinação da via. Quando uma linha é percorrida por trens de velocidades muito diferentes, um sistema de pré-anuncio dos sinais permite aos trens mais velozes aplicar o freio mais cedo e chegar ao sinal com velocidade normal. Essa frenagem é feita em duas etapas.

 

Nas novas linhas destinadas aos trens de grande velocidade, não existe mais a sinalização implantada na borda da via, pois simplesmente elas não são visíveis pelos maquinistas. Por isso, as indicações são transmitidas a bordo da cabine de condução através de um sistema de troca contínua de informações entre os trens em circulação e os postos de controle.

 

 

Sinalização da via vista de dentro da cabine de comando

 

Referências bibliográficas

Encyclopedie des Chemins de Fer - François Get et Dominique Lajeunesse - Editions de la Courtille - Paris - 1980 - 557p.

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