Sábado, 04 Mai 2024

Caros leitores,

 

Hoje, falaremos da evolução dos diversos meios de transportes nos Estados Unidos, desde os antigos canais da navegação fluvial até as vias expressas atuais, passando pelas possantes ferrovias e os econômicos sistemas de dutos.

 

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Highway = rodovias, class I rail = ferrovias principais, navigable

channels = canais navegáveis, oil pipeline = oleodutos, gás

pipeline = gasodutos. Fonte: BTS - 2005

 

 

A construção dos canais de navegação fluvial foi praticamente interrompida pelo surgimento da ferrovia na década de 30 do século XIX. A extensão total das vias navegáveis então atingiu um total de 26.000 milhas, correspondente a 41.600 quilômetros, valores expressivos para a época.

 

A partir da metade do século XIX, as ferrovias americanas foram absolutas como o meio de transporte mais utilizado até a II Guerra Mundial, praticamente no meio do século XX. A partir dessa data, os caminhões começaram a evoluir na mecânica (motor e transmissão) e, principalmente, na tonelagem transportada, ultrapassando as cinco toneladas, medida padrão desses veículos no período pré-guerra.

 

As ferrovias, por sua vez, atingiram no a extensão de 450.000 quilômetros no seu apogeu, somadas as linhas principais, as chamadas transcontinentais, e os pequenos ramais. Uma verdadeira rede capilar que atingia a totalidade das áreas produtivas do País.

 

Nos anos 70, a concorrência rodoviária exigiu a desregulamentação das ferrovias. Desde o Ato Staggers de 1980, as ferrovias têm recebido centenas de bilhões de dólares em equipamentos e infra-estrutura, melhorando dramaticamente a segurança, o volume de serviço e a eficiência. Ao mesmo tempo, as tarifas caíram substancialmente, tornando os fretes americanos os mais efetivos do mundo para o serviço ferroviário. Simultaneamente, o Ato Staggers erradicou os ramais anti-econômicos e deu prioridade para a operação dos grandes eixos ferroviários. Essa ação diminuiu a extensão ferroviária americana para os atuais 153.328 quilômetros.

 

 

modo

extensão (km)

%

rodovia

        6.393.016

70

ferrovia

          153.328

1,5

hidrovia

            41.600

0,5

oleoduto

          255.219

3

gasoduto

        2.300.000

25

 

 

              Fonte: BTS - 2005

 

A nascente indústria automobilística das primeiras décadas do século XX se firmou como meio de transporte de carga após a II Guerra Mundial. A evolução dos veículos cuja capacidade atingiu 50 toneladas foi acompanhada de uma fantástica construção de rodovias, principalmente as auto-estradas, chamadas de highways, com pistas duplas com interseções e trevos, em níveis separados. Na década de 1960, sua extensão somava mais de 3.500.000 de milhas, equivalentes a aproximadamente 5.800.000 de quilômetros, ultrapassando os 4.000.000 de milhas na virada do século XXI.

 

Finalmente, os oleodutos seguiram a mesma tendência da diminuição das ferrovias, agora utilizados para atender principalmente a ligação das refinarias aos grandes centros de distribuição. Tendo ocorrido uma redução de extensão total de 400.000, em 1960, para 255.000 quilômetros em 2005.

 

Entretanto, a evolução da rede de gasodutos foi fenomenal, atingindo taxas de crescimento maiores do que as ocorridas nas rodovias, principalmente devido ao intensivo uso industrial e residencial do gás natural, cuja rede de distribuição, muito capilarizada, abastece diretamente esses consumidores. A extensão total da malha de gasoduto passou de 900.000 quilômetros em 1960 para 2.300.000 quilômetros em 2005.

 

 

 

Fonte: BTS - 2005

 

Considerando apenas as extensões, a rodovia (70%) e o gasoduto (25%), abrangem 95% de toda a malha de transporte americano. Porém, uma logística inteligente aliada a uma eficiente operação, que utiliza adequadamente as malhas ferroviária e hidroviária, têm como resultado uma econômica matriz de transportes, assunto que veremos no próximo artigo. 

 

Referências bibliográficas

The American Canal and Transportation Center, The Best from American Canals II, Willian H. Shank, 1984.

 

www.bts.gov/publications/national_transportation_statistics

 

Um estudo sobre a participação do modal ferroviário no transporte de cargas no Brasil – Sílvio dos Santos – UFSC 2005 – Dissertação de mestrado.

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