Sábado, 20 Abril 2024

Jair Messias Bolsonaro (PSL) vai assumir um Brasil dividido. Uma vitória nas urnas que vai exigir muito esforço para se consolidar, tendo em vista a estreita diferença de votos entre os dois candidatos. Sua proposta de plano de governo (veja síntese da Agência Brasil) de 81 páginas e forte tempero emocional sintetiza problemas e esboça ideias para tratá-los. Fala em emprego, renda e equilíbrio fiscal, oportunidades e trabalho para todos, com inflação mínima, sem indicar os meios de atingir tão complexas metas. Tampouco demonstra seu compromisso de "ser possível fazer muito mais com os atuais recursos". Como será concretizar esse plano de governo dependendo de coalização política para votar temas polêmicos e urgentes, sem o toma lá-dá-cá do "presidencialismo de coalizão" e nem acordos espúrios?

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Crédito da imagem: Fanjianhua/Freepik

Há dúvidas se o guru Paulo Guedes apresenta atributos suficientes para ser o homem do presidente para tratar a crise que assola o Brasil. De pronto, cumprir o compromisso de governo para dar trabalho para todos com modelo econômico liberal. Significa reverter a situação atual de 13 milhões de desempregados. Dar esperança às pessoas que procuram trabalho, mas não encontram. Refletindo essa escassez de massa salarial, o comércio cerra portas nas cidades brasileiras. Economista de uma Universidade de Chicago bem anterior às crises financeira e comercial que abalaram o mundo, Guedes tem que lidar hoje com novo paradigma de moeda e comércio digitais. No âmbito político, é alvo de investigação pelo Ministério Público Federal por práticas de fraudes em fundos de pensão das estatais Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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Passada a campanha, muitas paixões cegas serão vitimadas pela reversão de expectativa, que fragiliza o apoio popular. Vale dizer também que os problemas brasileiros não são tratáveis com dedo no gatilho. Entretanto, promover agilidade logística é fundamental para dar competitividade ao produto brasileiro no comércio internacional. Por isso, descentralizar o poder de decisão dos portos de Brasília facilita soluções mais eficazes no tempo, qualidade e custo. Ou seja, mais Brasil e menos Brasília. Uma Autoridade Portuária isenta do aparelhamento político e não privatizada, promove o equilíbrio entre múltiplos interesses. Assim, haverá melhor atendimento às demandas dos produtores para que o seu produto cheque seguro ao destino, no menor tempo, com frete e operações competitivos aos de logísticas e cadeias de suprimento portuárias mundiais. Em um processo que integre com eficiência os modais aquaviário, ferroviário, rodoviário, aéreo e dutuviário.

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É difícil acreditar no êxito de uma iniciativa de realizar a reforma necessária da previdência sem que seja aliviada a tensão do desemprego. Convenhamos que não é fácil para o trabalhador entender o que é previdência por repartição e a vantagem de adotar o modelo de capitalização, bem como aceitar que se mexa no que funciona mal, mas lhe garante sobrevida. Não se pode desconsiderar o forte apelo político desse tema, que atinge a todos que trabalham regularmente. Na busca de suavizar a mudança imprescindível, industrializar os portos e a rede de condomínios logísticos faz-se urgente para gerar trabalho, renda e divisas. Trata-se de produção tecnológica e de tecnologia. E torna mais clara a solução a ser proposta na redução do déficit previdenciário.

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Assuntos que representam conquistas nacionais como a Embraer, o Centro de Lançamento de Alcântara - onde vidas foram perdidas em defesa do domínio da ciência - e o pré-sal têm sido tratados com visões nitidamente contrárias aos interesses da soberania brasileira. Isto preocupa sobremaneira a sociedade. Entretanto, hoje tem início uma grande oportunidade de mudanças em um País que desde junho de 2013 vem buscando sem sucesso uma saída para a sua crise política-econômica. Por essa razão, o Brasil é ansioso de um futuro com desenvolvimento, justiça e paz.

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