Terça, 19 Março 2024

A matriz de transportes insustentável para uma nação de dimensões continentais e os elevados custos para a movimentação de veículos e insumos são os principais gargalos logísticos para a operação da Movida, observou o diretor executivo de Gestão de Receita e Frota, Rafael Peon Tamanini, em entrevista ao Portogente. Mais conhecida pela população como locadora de carros, a Movida classifica-se como uma "empresa de soluções inovadoras em mobilidade urbana para todo tipo de necessidade", pertencente ao Grupo JSL e de capital aberto desde fevereiro de 2017. Pioneira em oferecer serviços como aluguel mensal de veículos para pessoa física e por disponibilizar wi-fi nos carros, a companhia foi a primeira locadora com atuação no Brasil a incluir o aluguel de bicicletas e de triciclos elétricos entre os serviços oferecidos ao mercado.

Tamanini alegou que a precariedade de estradas em várias regiões do território nacional impede a Movida a realizar a movimentação entre cidades que proporcionariam maior eficiência na ocupação das lojas da empresa. "Para minimizar este impacto, a Movida procura ganhar maior eficiência na distribuição da frota de carros zero quilômetro, uma vez que o custo do frete já está embutido no preço".

movida gestao frotas

Após realizar investimentos de aproximadamente R$ 6,3 bilhões em sua frota nos últimos três anos, a Movida administra cerca de 90 mil veículos, 184 lojas de aluguel de carros e 60 de seminovos. Confira a seguir a entrevista na íntegra.

Portogente - Quais são os principais gargalos logísticos enfrentados pela Movida no Brasil, tendo em vista que é necessário deslocar veículos e insumos entre as unidades espalhadas pelo País?
Rafael Peon Tamanini - Para uma locadora de veículos como a Movida, a diversificação dos modelos alinhada ao perfil dos consumidores de um determinado local são fatores fundamentais para reduzir a ociosidade da frota, aumentar a rentabilidade da operação e, principalmente, para atender os clientes nas suas necessidades e expectativas. Para quantificar este universo, a Movida tem mais de 100 modelos no portfólio de veículos, separados em 26 grupos, como econômicos, sedans, automáticos, SUVs, minivans, pickups, furgões, executivos, blindados e de luxo. Neste contexto, um dos fatores que interferem na logística para manter o estoque de carros em linha com a demanda, ainda é a infraestrutura de transportes, um dos gargalos para qualquer empresa no Brasil. A malha rodoviária, por exemplo, em vários locais no País, nos impede de fazer algumas movimentações entre cidades que trariam maior eficiência na ocupação das lojas. E o transporte continua sendo um dos itens que mais influenciam o preço das locações, nos forçando a buscar excelência nos algoritmos de deslocamento dos carros para garantir a eficácia da nossa frota.

Portogente - Quais são os principais custos em relação ao transporte - seja dos veículos ou dos suprimentos - e os obstáculos encontrados nos portos ou fronteiras no Brasil? O que a Movida faz para diferenciar seu serviço e valor de locação no mercado nacional?
Rafael Peon Tamanini - Além do elevado custo do transporte e da insuficiente malha rodoviária, a dimensão continental do País dificulta a movimentação dos veículos e insumos. Para minimizar este impacto, a Movida procura ganhar maior eficiência na distribuição da frota de carros zero quilômetro, uma vez que o custo do frete já está embutido no preço, o que acaba evitando as movimentações menos rentáveis.

Portogente - A locação de veículos em aeroportos é muito comum, seja para quem viaja a negócios ou a lazer. A empresa mantém uma política ou estratégia diferenciada para esses pontos de locação?
Rafael Peon Tamanini - A Movida entende que os passageiros aéreos já estão em uma viagem e, por isso, mantém um olhar especial para a frota de cada um dos 50 aeroportos onde opera, respeitando a grade de voos e garantindo que todos os passageiros sejam atendidos de forma ágil e com excelência. Para cuidarmos das diversas necessidades dos nossos clientes em locais com muito movimento, como é o caso dos aeroportos, além de manter um portfólio de carros bastante variado cobrindo praticamente todos os grupos que ofertamos, a Movida investe em tecnologia.

É o caso do projeto QR Code que acabamos de lançar. Agora o cliente consegue retirar o carro da loja mediante apresentação de QR Code, que pode ser facilmente escaneado, transmitindo de forma rápida e segura as informações. A nova solução permite reduzir o tempo de retirada de veículo eliminando as etapas de digitalização da CNH, cadastro de informações pessoais, cadastro de cartão e a checagem de crédito. O projeto, que é pioneiro entre as locadoras de carros, teve início em abril exatamente nas lojas localizadas nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, ambos em São Pauloi. A Movida também trabalha com ações de marketing direcionadas aos passageiros dos aeroportos, como é o caso da promoção Voou Alugou. Neste caso, basta apresentar o cartão de embarque nas lojas de aeroporto para alugar um carro a partir de R$85,90 a diária com três horas de cortesia na devolução, proteção inclusa e diária com Km Livre, desde que a data do voucher da companhia aérea seja a mesma da retirada do veículo. 

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Bruno Merlin


Bruno Merlin é redator e jornalista especializado nos temas logístico e portuário. Graduado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), há dez anos colabora com o Portogente, além de publicar reportagens em outros veículos como Folha de S. Paulo, SBT/VTV e Revista Textilia.

E-mail: brunomerlin@portogente.com.br