Domingo, 28 Abril 2024

Caros leitores,

 

Hoje, continuaremos a abordar o tema das bitolas descrevendo o mosaico que se constituem as diferentes medidas encontradas na América do Sul.

 

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O Brasil tem conexão ferroviária internacional com três países: Argentina, Bolívia e Uruguai. Dessas três conexões apenas a da Bolívia tem a mesma bitola dos dois lados da fronteira.

 

 

Mapa do Atlas Ferroviário da Alaf de 1976

A conexão com a Bolívia em bitola de 1,000 m é na fronteira de Corumbá, Mato Grosso do Sul, com Porto Suares em Quijarro (Arroyo Concepcion) na linha da antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, atual Novoeste (ALL). Do lado boliviano a linha permite chegar a Santa Cruz de la Sierra, a Montero (ao norte) e a Yacuiba (ao sul) na fronteira com Pocitos (Argentina) também com bitola métrica. Entretanto, o acesso para toda malha ferroviária boliviana ,com aproximadamente 3.500 km, não é possível, pois, não existe conexão com a linha que atende Sucre e La Paz. Uma das ferrovias bolivianas, é a Ferrocarriles Oriental S. A., a qual atua no transporte de carga e passageiros na malha leste,  que inclui a ligação Santa Cruz a Quijarro. Os volumes transportados não estão disponíveis no site da empresa.

 

 

 

Mapas do Atlas Ferroviário da Alaf de 1976

 

A outra ferrovia boliviana, a Ferrocarril Andino S.A.,  a estrada de ferro do lado ocidental, tem conexão como Chile em bitola métrica nas localidades de Avaroa e Charanã, que permitem acessar os portos de Antofagasta e Arica, respectivamente. A empresa tem um amplo serviço ferroviário que atende toda a região andina da Bolívia, além de La Paz e Sucre, como Potosi, Oruro, Villazon, Uyuni, Cochabamba, Higuerani, Aiquile, Guaqui além de Calama e Arica no Chile.

 

Existem diversos projetos ferroviários de ligar a malha oriental  com a ocidental, por Aiquile, Sucre e Tarija, condição que permitiria também os trens da Ferrocarriles Oriental S. A. chegar aos portos chilenos.

 

Do lado brasileiro, a Novoeste é uma linha com traçado antigo e com sérios problemas de manutenção e conservação, e o volume de carga transportado, entre Corumbá e Rubião Jr. é pequeno. Nos seus 1942 quilômetros de extensão, a Ferroeste transportou, em 2006, 3,4 milhões de toneladas de minérios, grãos e combustíveis gerando um transporte de 1,4 bilhões de tku. Não existe transporte de passageiros. 

 

Apesar de ser uma fronteira internacional, o fluxo do comércio exterior é muito pequeno, segundo os dados o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, foram transportados por ferrovia, em 2006, 210.690 t na exportação e 17.455 t na importação.

 

Referências bibliográficas

Atlas Ferroviário Latino Americano - Asociación Latino Americana de Ferrocarriles - Buenos Aires - 1976

 

http://www.ferroviariaoriental.com/Carga/EquipoRodante/tabid/65/Default.aspx

http://www.fahrplancenter.com/AIFFLABolivia03.html

http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br/consulta_nova/resultadoConsulta.asp

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