Quinta, 25 Abril 2024

A cidade de Uruguaiana, na fronteira do Brasil com a Argentina, passou dois anos sem receber qualquer voo regular. Entre 2013 e 2015, chegar a Porto Alegre ou partir da capital gaúcha para a fronteira, distante 650 quilômetros, só era possível pela BR-290 ou em voos de taxi aéreo, o que tomava tempo, encarecia e dificultava viagens a trabalho ou a lazer. Nesse cenário, a Azul enxergou a possibilidade de oferecer voos. Mas além de infraestrutura, era necessário garantir o atendimento de passageiros e normas de segurança e operacionais.

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Depois de inúmeras sondagens e análises, somente em outubro de 2015 a Azul solicitou a autorização à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar em Uruguaiana com um ATR-72, com capacidade para 70 passageiros. O pedido foi aprovado, e no mesmo mês a cidade passou a ter um voo regular de domingo à sexta-feira. “Sempre fomos questionados e, até certo ponto cobrados pela comunidade em geral, através dos empresários, comerciantes, vizinhos; todos nos perguntavam quando voltaríamos a ter voos no aeroporto”, lembra o superintendente Jorge Tadeu Marques da Silva. Mas para a Azul dar início às operações, foi necessário que todos os empregados da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) realizassem cursos de capacitação, focados na segurança na aviação (AVSEC), operação de raio-X e bombeiro de aeródromo. Os colaboradores terceirizados também passaram pelo mesmo processo de capacitação.

Com escassez de recursos financeiros no aeroporto e na Infraero, conseguir um contrato de terceirização de serviços era um objetivo quase inalcançável. Ao mesmo tempo, era preciso cumprir a legislação e garantir as inspeções de passageiros e bagagens de mão pelo raio-X e detector de metal, além de oferecer uma Seção de Combate a Incêndio (SCI), que em Uruguaiana é formada pela Brigada Especial de Combate a Incêndio (Beca), composta por empregados da Infraero, que permanecem de prontidão durante as operações de pouso e decolagem de aeronaves.

Essas medidas resultaram numa economia de aproximadamente R$ 60 mil reais mensais. “Nos reunimos para definir como os próprios empregados fariam essas tarefas. Foi aí que analisamos quais colaboradores já tinham cursos de formação em segurança, operações e combate a incêndio, além de estabelecer quais fariam os cursos necessários para ajudar nessas atividades”, explicou o superintendente, que a cada chegada ou partida do ATR da Azul se junta a outros dois colegas na SCI do aeroporto, todos de uniforme de combate a incêndio e de prontidão, conforme as normas da aviação exigem.

Esse compromisso entre os 11 empregados viabilizou a operação dos voos, com profissionais se dividindo em escalas para atuarem em todas as pontas do processo. Quando há uma chegada ou partida, o setor administrativo paralisa as atividades e se junta aos colegas de operações e segurança nos procedimentos ligados ao embarque e desembarque. “Essa estratégia, ainda que tenha gerado um custo mensal de R$ 7 mil com horas extras e adicionais, representa um gasto bem menor do que teríamos com contratos terceirizados de bombeiros e agentes de inspeção. Assim, aproveitamos o pessoal capacitado e conseguimos atender o voo Porto Alegre/Uruguaiana/Porto Alegre. O momento exige novas posturas, reflexões e união de todos, uma vez que nossa cidade necessita e merece estar na malha aérea do país”, afirma Tadeu.

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