Segunda, 29 Abril 2024

Alessandro Atanes

Jornalista e mestre em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Servidor público de Cubatão, atua na assessoria de imprensa da prefeitura do município.

Vila Socó queimou em 24 de fevereiro de 1984 e até hoje ainda nenhum jornalista ou historiador se debruçou sobre o assunto para que tivéssemos um trabalho de fôlego sobre este desastre que vitimou Cubatão. Não sabemos quantas vítimas o incêndio de 700 mil litros de gasolina deixou: as 93 oficiais, as 500 das estimativas mais doídas ou um número ao pelo meio. Mas só uma pesquisa abrangente poderia apontar quantas vidas foram perdidas, quantos nomes deixaram de ser chamados.

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Semana passada, apresentei nove poemas de Blaise Cendrars sobre o porto de Santos e a viagem do cais até São Paulo traduzidos por Patrícia Galvão, a Pagu, sendo que um deles, Chegada a Santos, já havia sido, junto com outros dois poemas, motivo da primeira coluna deste espaço, lá em 2005.

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No primeiro texto que publiquei em Porto Literário, Três poemas chegam no porto de Santos, mostro como três poetas distintos, Pablo Neruda, Elizabeth Bishop e Blaise Cendrars cantam a entrada no canal do estuário santista. Mais de quatro anos depois, vamos explorar hoje e na próxima semana Cendrars, autor de Chegada a Santos. Ele visitou o Brasil em 1924 a convite dos modernistas e esteve por São Paulo, Rio de Janeiro e cidades históricas de Minas Gerais ao lado de, entre outros, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Tarsila do Amaral, que acabou ilustrando Feuilles de Route, livro de Cendrars de publicado no mesmo ano que contém esse e outros poemas sobre sua passagem pelo Brasil.

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No início do ano havia comentado um texto do correspondente do New York Times no Brasil, Larry Rotter, sobre o escritor chileno Roberto Bolaño, no qual o jornalista norte-americano dava mais ênfase a questões biográficas do escritor mosto em 2003 ao invés de discutir sua obra e seu legado. A reportagem sobre o sucesso de Bolaño nos Estados Unidos se centrava em temas sobre a vida “marginal” de Bolaño, a possibilidade de ter usado cocaína, etc. Em Ficção e biografia, escrevi o seguinte:

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Ai, ai. E voltamos à Tarrafa Literária. Desta vez não é o próprio evento, o primeiro encontro internacional de literatura realizado na cidade, que é alvo desta coluna (ver Um balanço da Tarrafa), mas sim um tema que atravessou uma das mesas do dia 06 de setembro (“Jornalistas além muros”), isto é, a oposição entre textos acadêmicos, considerados difíceis, e jornalísticos, dados como bem escritos. Para mim, as duas afirmações e a própria oposição que contêm são ficções do mercado editorial, ou pior, mentiras repetidas que acabam se transformando em verdades para o senso comum.

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